Separamos modelos recheados de recursos
As câmeras compactas já não se limitam a quebrar o galho durante as suas viagens e festas. O voodoo dos engenheiros da Leica, Canon, Samsung, Fuji e de outras marcas conjurou recursos típicos das DSLR em corpos pequenos e leves. Tanto os sensores como as lentes das compactas têm melhorado a passos largos. Por outro lado, recursos amplos ainda são acompanhados por amplas etiquetas de preço. Também falta às compactas o sistema de espelhos que dá nome às DSLR e permite que o visor dessas reduza fielmente a imagem que passa pela lente. Muitas delas também não contam com lentes intercambiáveis.
Nas condições atuais, essas câmeras são mais indicadas para quem já se iniciou no mundo da fotografia e quer dar um passo além ou para quem está procurando uma companheira mais portátil para sua DSLR. Para ajudá-lo a encontrar a compacta avançada que cabe no seu bolso (tanto literalmente quanto figurativamente), o INFOlab testou cinco modelos .
Canon PowerShot S95 - Nota 8
Embora pareça uma câmera básica à primeira vista, a PowerShot S95, da Canon, tem um recurso que faz toda a diferença na hora de fotografar. Assim como a sua antecessora, a S90, ela traz um anel ao redor da lente. Ao girá-lo, dá para controlar diferentes funções, como foco, zoom, abertura e nível de sensibilidade - o que é ótimo para quem gosta de fotografia e quer ter um equipamento leve, pequeno e que pode ser operado manualmente. Durante os testes realizados no INFOlab, as imagens tiveram uma qualidade muito boa, com cores equilibradas. A S95 corrige um dos principais defeitos da S90 e grava filmes em 720p. Pena que seu zoom, de apenas 3,8 vezes, não é um pouco mais amplo. O preço é 2099 reais.
Samsung NX100 – Nota 7,6
A NX100 é uma compacta que engoliu um sensor de DSLR. Essa câmera da Samsung faz parte da nova leva de máquinas fotográficas que prometem qualidade de imagem superior e lentes intercambiáveis sem desprezar a mobilidade e a simplicidade de operação. Claro, ela não é tão pequena quanto as menores compactas, nem possui o visor fiel que dá nome às DSLR, mas proporciona uma experiência intermediária bastante sólida. A câmera sai por 1.329 reais.
Fuji X100 – Nota 8,5
Baseada nas antigas câmeras rangefinder, a FinePix X100, da Fujifilm, é de cair o queixo. Não só pelo design, mas também pelo desempenho nas altas sensibilidades ISO. Nos testes do INFOlab, a X100 trabalhou usando um oitavo da luz demandada por uma compacta convencional e mantendo qualidade semelhante. Isso se deve principalmente ao seu sensor (chip substituto do filme fotográfico), cujo tamanho é o mesmo do empregado em câmeras profissionais. A lente, apesar da ótima abertura (f/2), não é intercambiável nem tem zoom. As fotografias podem ter formato JPG ou RAW, enquanto o vídeo filmado com autofoco vira um MOV de resolução 720p e áudio estéreo. Ainda que a ergonomia não seja o ponto forte da X100, sua construção robusta passa a sensação de segurança durante o manuseio. O visual da máquina remete ao passado ao mesmo tempo que seu visor ocular inova: com três modos de operação, permite ao fotógrafo escolher entre visão ótica, eletrônica ou a mistura das duas, quando há sobreposição de informações digitais na imagem analógica. Esta Fuji vem embalada como uma joia, mas por 4.999 reais não esperávamos o contrário.
Leica X1 - Nota 7,8
Considerada por alguns a Ferrari do mundo da fotografia, a marca Leica é uma verdadeira lenda viva. Na câmera X1, de visual retrô, a fabricante faz jus a sua fama: ela equipa a máquina com um grande sensor CMOS, o que proporciona imagens anos-luz à frente das compactas convencionais – especialmente em condições precárias de iluminação. Esta Leica possui controles manuais dignos de uma reflex, com direito a rodas dedicadas para ajuste de abertura e de velocidade, somadas à sapata para acessórios tais quais flash externo ou visor ocular. Os arquivos gerados podem ser tanto JPG quanto RAW. Pontos negativos para a ausência de vídeo e para a objetiva, fixa nos 36 mm equivalentes e com abertura máxima f/2.8 (a rival Fujifilm X100, por exemplo tem abertura f/2, resultando em claridade dobrada). A X1 tem tamanho situado entre as câmeras de madame e as DSLR. Feita em liga de magnésio, ela é pesada, ao mesmo tempo em que passa a sensação de que vai durar dez anos – pelo preço de 6.633 reais (inclui Photoshop Lightroom), não esperamos que ela dure menos.
Leica D-Lux 5 – Nota 8
A câmera digital Leica D-Lux 5 é um gadget de luxo que vai além da grife. Sua lente tem zoom de apenas 3,8 vezes, mas que concilia campos de visão extremamente úteis a uma ampla abertura. Seu corpo é compacto e construído em liga metálica, com cara de que vai durar vários anos. O sensor CCD da máquina tem 10,1 megapixels e, apesar de ser maior que grande parte da categoria, não apresentou bom desempenho com sensibilidade ISO alta. A D-Lux 5 custa 3.400 reais, acompanhada do software Photoshop Lightroom 3.
FONTE: EXAME INFO